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terça-feira, 6 de maio de 2014

Artista rio-pretense expõe obras para viabilizar parto humanizado



Entre uma pintura e outra, a jovem rio-pretense Isa Rebello de 27 anos, cultiva o afeto e o cuidado típicos de uma mãe de primeira viagem. Grávida de 7 meses, ela aprimora diariamente suas aquarelas expressando o momento mais especial de sua vida até então; o nascimento de Gael. São inspiradores desenhos que representam bem mais que uma prática artística. Isa pretende vender suas pinturas para viabilizar o seu parto humanizado.



 
Formada em engenharia florestal na cidade de Botucatu, ela revela que sua paixão por artes visuais surgiu quando fazia um curso de artes circenses, no qual se tornou adepta do trapézio fixo.“Daí, a arte foi aflorando em mim.”
Isa fez um curso de aquarela com a duração de 1 mês e meio e pretendia estudar artes plásticas, mas a notícia da gravidez adiou momentaneamente seus planos.



Referente a vontade de realizar o parto humanizado, a jovem se mostra decidida e consciente sobre sua atitude.  "Desde sempre eu quis fazer parto normal. Sempre defendi isso. Mas eu não sabia que essa escolha era tão difícil! Pra mim sempre foi muito claro que a escolha seria da mulher. "mulheres querem cesárea, outras querem normal"Mas ao engravidar, vi q as coisas não são bem assim. Ainda mais falando de uma cidade como rio preto, que tem um dos maiores índices de cesárea do país." 
Além do pré-natal com um médico, Isa faz acompanhamento com uma das duas enfermeiras obstetras que estarão junto com ela durante o trabalho de parto em casa e no nascimento.




Os trabalhos de Isa Rebello estão sendo expostos no Café Cultural Cafezine, numa mostra chamada “Sagrado Feminino”, com abertura às 19 horas. Também é possível visualizar e comprar suas pinturas em sua page no facebook: Laços de Tinta Ateliê.

Cafezine: 
Av. Constituiçao, 1678
São José do Rio Preto
Fone: 017 3364-7795


Entenda o parto humanizado

A humanização do parto não significa mais uma nova técnica ou mais conhecimento, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher.
Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres em que no mundo atual não se pode perder muito tempo.
Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.
Já se provou que as parteiras são mais seguras que os médicos nos nascimentos de baixo risco, e que neste mesmo nascimento de baixo risco o parto domiciliar ou em Casas de Parto são tão seguros quanto os realizados nos hospitais e maternidades, com a vantagem de não realizarem tantas intervenções, pois o parto é mais natural.
O acompanhamento familiar deixa a parturiente mais tranqüila, tornando o parto mais seguro, ao constatar que a equipe especializada dos hospitais não consegue oferecer o suporte emocional que a parturiente necessita.
A posição deitada substituiu o parto vertical para melhor controle médico, mas a posição vertical é mais segura tanto para a mamãe quanto para o bebê, além de ser mais rápida. A presença do bebê junto à mãe após o parto é tão ou mais importante para o vínculo afetivo dos dois do que os exames realizados no bebê depois do parto e longe da mãe
Mais do que após o parto, a presença do bebê junto à genitora no quarto é fundamental para o conhecimento de ambos, maior vínculo afetivo e amamentação prolongada. O leite artificial substituiu o leite materno e está provado que o aleitamento materno é superior nas suas qualidades.
Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.
É a mulher que deve escolher onde ter o bebê, qual acompanhante quer ao seu lado na hora do trabalho de parto e no parto, liberdade de movimentação antes do parto e em que posição é melhor na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê. Para isso, é fundamental o pré-natal.
A dor é entendida como uma função fisiológica normal que pode ser aliviada com métodos não-farmacológicos amplamente embasados, mas não quer dizer que a mulher não tenha a escolha de optar pelo uso de analgesia.
Isso não significa que o parto cesárea ou com intervenção médica não possa ser humanizado. O parto cesárea existe para salvar vidas, mas não deve ser a grande maioria dos partos como acontece hoje e sim como em último caso. Isso também deveria acontecer com as intervenções médicas que somente devem ser aplicadas quando necessárias ou quando de escolha da mulher se bem orientada quanto a essas intervenções.
O Parto Humanizado significa direcionar toda atenção às necessidades da mulher e dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, mostrando as opções de escolha baseados na ciência e nos direitos que tem.

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